Tem dias que o mundo está pior pela perda de pessoas ilustres que são capazes de mostrar a barbárie do humano. Nem todos os comediantes são capazes de ficar diante da esquerda e da direita para se manterem neutros diante do que acontece em um país como a Espanha e um deles foi Forges.
Hoje Forges nos deixou aos 76 anos e isso ilustrou meio século de história espanhola para enfrentar todos os tipos de ataques. Um humor inteligente, muito bem ilustrado com estilo próprio e nunca faltando sátira e crítica social; tão importante mostrar a realidade que você sempre tenta esconder.
Na sua nos últimos 23 anos ele publicou para o El País e trouxe-nos personagens inesquecíveis como Concha e Mariano, além de outros como Romerales. Um humor inteligente a que não faltou crítica para nos fazer ver os passos do dia a dia que vão marcando a história de um país.
Era aos 14 quando começou a trabalhar na televisão espanhola para começar a desenhar. Já em 1964, começa a publicar seu primeiro cartoon na imprensa, em Pueblo. Já passou pelas principais revistas satíricas que surgiram com a Transição, entre as quais El Jueves, Por Favor ou Hermano Lobo.
Um cartunista que adaptado às mudanças na sociedade espanhola e como ele sempre retratou em suas inúmeras vinhetas com seu estilo pessoal e único de desenho.
Tem sido capaz de cativar toda uma série de gerações que viram refletida em suas caricaturas e desenhos a transferência de um país que passou da ditadura à transição para terminar hoje da forma mais democrática.
Un dia triste para criativos e cartunistas que vêem passar um gênio do humor gráfico, tão necessário hoje.
D.E.P