Logotipos inspirados em light painting

pintura de luz

Todos os tipos de manifestações artísticas se espalharam pelo design da identidade corporativa e pela conceituação de marcas e logotipos. Um bom exemplo é aquele que trago para vocês hoje e que foi desenvolvido pelo mítico Pablo Picasso: A famosa técnica de light painting, embora seja verdade que antes que nosso gigante decidisse experimentá-la, outros profissionais e artistas deram suas pequenas contribuições.

As conotações da utilização desta técnica na concepção de sinetes e marcas empresariais remetem ao minimalismo para falar de lendas da arte, mitos e conceitos que transbordam no tempo.

As origens da Light Painting

Tudo começou por volta do ano de 1914, época em que o desenvolvimento das tecnologias de captura disparava e tratava-se de compreender o processo fotográfico em sua totalidade. Nesse contexto, surgiram os antecedentes da light painting, mas é claro que não com intenções estéticas ou artísticas, mas com intenções claramente investigativas e, de certo modo, científicas. As primeiras mãos a materializar o efeito foram as de Frank Gilbreth e sua esposa Lillian Moller Gilbreth, que usaram pequenas luzes para rastrear o movimento ocorrido no processo de fazer uma fotografia de longo prazo. O único objetivo era otimizar o processo e simplificar o trabalho realizado na empresa que dirigiam.

Porém, mais tarde e antes de Pablo Picasso, o artista Man Ray já decidiu experimentar esta nova «técnica», precisamente por volta do ano 1935, quando nos deu uma série de fotografias, estas já claramente com um claro peso estético e artístico que foi intitulado The Writing Space. Para fazer isso, ele abriu o obturador de sua câmera ao máximo e também usou uma pequena lanterna para criar uma espécie de redemoinhos e linhas no ar. Antes de Picasso mergulhar na técnica, Gjon Mili introduziu técnicas de luz estroboscópica para capturar o movimento em grandes superfícies e em uma única exposição, algo que ainda é usado por muitos fotógrafos hoje em dia e em fotografias noturnas de longa exposição.

Porém, na década de 1950, Picasso começou a desenvolver uma série de fotografias experimentais influenciadas e inspiradas nas técnicas de Gjon Mili, sendo a da silhueta de um centauro através de uma pequena fonte de luz a que mais se popularizou e praticamente a que sempre foi geralmente tomado como referência para falar sobre light painting. Aos poucos o nosso artista foi criando diferentes formas e trabalhando em composições que embora à primeira vista possam ser simples, sem dúvida tinham grandes implicações e conotações estéticas no que se refere à compreensão da imagem, arte, experimentação e, claro, ecos. Da arte moderna e os traços de Picasso em forma de esboços.

Características e conotações da técnica

  • Arte de rua, alusão ao grafite e liberdade criativa: Por trás da light painting encontramos implicações muito semelhantes às encontradas na arte de rua e até mesmo imersas na filosofia do graffiti. É uma forma de romper de alguma forma com o academicismo, uma forma de sulcar a experimentação e abandonar as regras. Absolutamente qualquer coisa pode se tornar nossa tela particular e, dessa forma, a arte pode se materializar em qualquer lugar, em qualquer forma e fora de qualquer paradigma ou decálogo teórico.
  • Componente efêmero e dimensão emocional inseridos na arquitetura expressiva: Uma das coisas que mais nos impactam nestas fotografias de Picasso é a forma de representação e de fazer arte através de uma espécie de "performance", já que nosso artista se manifesta a nós em pleno processo criativo e envolto sob os raios de luz do seu. trabalhar. É claro que isso tem um peso significativo no discurso, pois evidencia o caráter efêmero de tudo o que nos cerca, tanto o mundo, a arte e a passagem do ser humano pela vida.
  • Vindicação e mitificação das vanguardas artísticas: Pelo período em que foi desenvolvida como recurso artístico e pela figura que a desenvolveu, podemos destacar que a utilização dessa técnica em qualquer tipo de composição é de certa forma um texto protestante. Há uma recuperação do espírito em um sentido vingativo da arte que foi defendido durante o período do pós-guerra espanhol e da vanguarda. A arte é importante e as manifestações artísticas são infinitas: pode se materializar em qualquer meio, por meio de qualquer técnica e, claro, para qualquer finalidade.

Light Painting no design de logotipo

Por tudo isso, não é de se estranhar que grandes marcas tenham optado por logotipos que imitam a técnica. A estética dos elementos que são criados por meio dessa técnica é simples o suficiente para ser emulada ou imitada no Adobe Illustrator ou em qualquer outro programa de design digital. Em muitas ocasiões, este tipo de logotipos é até incentivado porque afinal, quando apresentados como composições dinâmicas, representam o fenômeno da Light Painting de forma ainda mais confiável e especialmente marcante. Então, deixo vocês com alguns exemplos.

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